O Alberto (o tal que percorre a praia de lés a lés todos os dias), disse- me : -Tenho cinco bóias de vidro, das antigas, forradas de rede e tudo, "quer- zas". Se tu queres eu "vendo-tas"! (Fiquei encantada, gosto muito dessas bóias, são muito bonitas e já nem se fabricam; actualmente são feitas de plástico) . - Está bem! Quanto queres por elas? - Traz- me um garrafão de cinco litros de vinho tinto e são tuas!!! E pronto! Não houve assinaturas, nem contrato de compra e venda, mas está combinado o negócio. Na próxima semana, lá vou eu a caminho do calçadão com um garrafão de vinho. Só espero que, até lá, ele não tenha encontrado ninguém, a quem já tenha vendido as "relíquias" por dois garrafões de vinho tinto...
Não a procurei, já estava ali, ao alcance da minha mão. Se pensar (com a cabeça), sei que foi mão humana que a pôs sobre aquele tronquinho de madeira e depois se esqueceu dela. Se pensar com o coração (e prefiro), sei que foi uma onda que a trouxe e depois uma gaivota lhe pegou com o bico e a pôs ali ao alcance da minha mão. As gaivotas são assim. Conhecem todas os meus passos, sabem sempre quando vou a S. Torpes, onde paro o carro e onde me sento. Ali, do meu lado direito. Logo, logo ainda pensei que era uma concha. Também não era um seixo da areia. Era uma linda pedra trazida do fundo do mar. Daquelas que (talvez) enfeitem os colares das sereias. Foi Natal! Bem hajam os amigos que me deram presentes! Mas... aquela pedra!!!...
Eros e Psique Conta a lenda que dormia Uma princesa encantada A quem só despertaria Um Infante, que viria De além do muro da estrada. Ele tinha que, tentado, Vencer o mal e o bem, Antes que, já libertado, Deixasse o caminho errado Por o que à Princesa vem. A Princesa Adormecida, Se espera, dormindo espera, Sonha em morte a sua vida, E orna- lha a fronte esquecida, Verde, uma grinalda de hera. Longe o infante esforçado, Sem saber que intuito tem, Rompe o caminho fadado, Ele dela é ignorado, Ela para ele é ninguém. Mas cada um cumpre o Destino Ela dormindo encantada, Ele buscando- a sem tino Pelo processo divino Que faz existir a estrada. E, se bem que seja obscuro Tudo pela estrada fora, E falso, ele vem seguro, E vencendo a estrada e muro, Chega onde em sono ela mora, E, inda tonto do que houvera, À cabeça, em maresia, Ergue a mão, e encontra hera, E vê que ele mesmo era A Princesa que dormia.
(Fernando Pessoa) -Ilustração de Tatiana Paiva- « Lenda grega, Eros e Psique, que poderá conhecer procurando no Google»
Vá, aqueçam lá as mãozinhas!!! E já que o frio vos retem em casa, clikem: www.asas.chrome.pt Ficarão a conhecer a Academia Sénior de Artes e Saberes do Litoral Alentejano.Saberão do que se trata, os cursos e as actividades que dinamiza. Procure: Ligações»»»Canto das Letras. As actividades que já tivemos neste espaço estão assinaladas com a data da respectiva sessão. Aí encontrará boas prosas, belos poemas e excelente música! Quem sabe, o seu coração vai ficar mais quentinho?!!
Na minha casa acordo com o Sol e durmo com Lua O Mar é a minha cama E os veleiros (que avistolá ao fundo) são como asas de gaivota que espalham os meus sonhos pelo mundo
Livre não sou, que nem a própria vida Mo consente Mas a minha aguerrida Teimosia É quebrar dia a dia Um agrilhão da corrente. Livre não sou, mas quero a liberdade. Trago-a dentro de mim como um destino. E vão lá desdizer o sonho do menino Que se afogou e flutua Entre nenúfares de serenidade Depois de ter a lua.
A nossa amiga estava triste. Estava triste e tinha frio. Não sabemos se estava triste porque tinha frio ou, se tinha frio porque estava triste. É que às vezes, o frio, são as lembranças e as saudades. A nossa amiga, queria falar- nos dos Natais da sua infância, lá longe, num país quente e bonito, cheio de cores, sabores e ritmos. Queria contar- nos, mas a comoção não deixava... Estava triste e tinha frio! O gesto carinhoso e solidário de um amigo, que lhe emprestou o casaco, trouxe- lhe algum conforto. O seu corpo ficou mais quente e aconchegado. Mas... o seu coração e a sua alma estavam mais difíceis de aquecer. Ficámos todos sem saber o que dizer para a animar. Ficámos todos a pensar, como seria mágico e bom, podermos pegar num sol brilhante, nas cores, nos sabores, nos cheiros e nos ritmos e pôr ali no seu sapatinho, como prenda de Natal, toda inteirinha, a sua Terra de Angola! (Na Asas, Canto das Letras, no dia 13/12/2oo5) - imagem: flor do embondeiro-
Estranho Menino Deus é o de um poeta! O que nasce e renasce há muitos anos Na minha noite de Natal, fingida, Mal corresponde à imagem conhecida Das sucursais do berço de Belém. É uma criança tímida que vem Visitar os meus sonhos, e, ao de leve, Com mãos discretas, tece Um poema de neve Onde depois se deita e adormece.
(Poema de Miguel Torga - cedido a este blog por M. Montes)
É o que eu digo! Este ano o Pai Natal, não dá conta delas!!! Dão aos cascos, e o pobre do velhote "escalfa- se" e não as consegue apanhar. O mais certo é não haver presentes para ninguém!!!
Por causa duma oliveira que tenho no meu quintal, há três serões que tenho por tarefa, prioritária, "arretalhar" azeitonas. Quem diria! Dá- se- lhe dois golpes a canivete e depois põem- se na água durante, mais ou menos oito dias. Muda-se todos os dias a água, para que vão perdendo o amargo. (Também resultará com as pessoas? Talvez fosse boa ideia experimentar...) Ao fim de oito dias temperam- se com: sal, rodelas de limão, alhos (aos quais se deu um murro),folhas de louro e orégãos. As azeitonas ficam mergulhadas neste tempero e quando acharmos que estão boas, comem- se. Veremos se me vou sair bem da tarefa. Depois dou- vos a provar...
Vamos lá! Apressem-se! Está na hora de pensar nos trenós e nos nossos presentes. O Pai Natal abriu as inscrições. Inscrevam-se rapidamente! Cá vos esperamos! E... prometemos, deixar em cada sapatinho uma cenoura fresquinha para vocês!!!
Hoje é Dia Internacional da Pessoa com Deficiência!!! Hoje é dia de se darem flores! (Ou não??...) Não é assim no dia da Mulher, do Pai, da Mãe, dos Namorados, do tio, do primo,etc, etc??? Hoje é dia de receber sorrisos! É dia de entrevistas e debates! É dia de se falar em INTEGRAÇÃO, ACESSIBILIDADES e rampas e placas elevatórias e Igualdade de Direitos e todos iguais e todos diferentes! É dia de ajudar o "ceguinho" a atravessar a rua, "coitadinho" ! É dia de acenar "adeuses" sorridentes aos surdos! Hoje não se contarão anedotas sobre "gagos"! De todos os dicionários, enciclopédias, mentalidades e corações, serão banidas as palavras: REJEIÇÃO DISCRIMINAÇÃO E PRECONCEITO Ai que bom sermos hoje os "reis da festa"! O pior...o pior é que o amanhã está logo aí. Heim??? E amanhã??... É tão bom "teorizar-se"sobre a deficiência! (Que alívio de consciências!) O difícil mesmo é "viver-se" a deficiência... Dia internacional da pessoa com deficiência!!! E, já agora, porque é que não simplificam dizendo: Dia Internacional do Deficiente? ( Estarão com medo de que a gente se moleste?) É que nunca ouvi falar em: Dia de pessoa que fuma... Dia da pessoa que tem filhos... Dia da pessoa que namora... Dia da pessoa do sexo feminino... Ai, Valha-me Deus! Como a pessoa que não tem deficiência é complicada!!! E pronto! Até amanhã! Cá estaremos de novo, lutando para nos mantermos à tona d'água, sorrindo e contando com os vossos sorrisos! E olhem, quem escreveu isto, não foi nenhuma pessoa azeda nem amargurada. Fui eu, a Carolina que se define como : Uma pessoa comunicativa e bem disposta,(mas não sei porquê) com uma teimosa e permanente lagrimita no canto do olho. Para TODOS, com ou sem deficiência, um bom fim de semana!
Aqui todas reunidas Nós as bruxas as Malvadas Iremos "roer nas casacas" De todos os Magos e Fadas!
(Década de 60, pois...) A minha querida Xum deu sinal de vida! Xum, para os amigos e conhecidos. Maria de S. Francisco de seu nome próprio, (nome que eu sempre achei lindo!). Pois a minha amiga, com a sua "bloguística visita" fez- me reviver tempos idos! Tempos de alegria, camaradagem e ...maluqueira!!!! E lembrei "O Baile das Bruxas", peça teatral que escrevi e as minhas colegas puseram em cena na festa do Colégio! Os Magos e as Fadas, eram os nossos professores a quem eu, na peça, fazia as minhas "críticas". Houve até partes que levaram a "tesourada da censura". É que eu, já nessa altura tinha as minhas "marés inspirativas", e os professores acharam que havia alguns exageros, (e se calhar havia...). Mas nada fora feito com má intenção. Recebi sempre dos meus professores e colegas muito carinho e a todos recordo com saudade e amizade. Lembras-te, Xum? Tu eras uma das Bruxinhas de chapéu bicudo que mexia o caldeirão das poções mágicas!!! (E com que energia tu o fazias!!!) Mas...já nesse tempo, andava por ali um "Príncipe Encantado", de nome Luis e coração de poeta. Não sei quem usou a mais eficaz magia; se tu ou ele! Tornaste-te a musa inspiradora daquele poeta... E ainda hoje, o Luis e a Xum vivem no Reino Mágico do Amor! Para vocês o meu Carinho e a minha Saudade!
(Nota: Se procurares no blog os dias 24 e 27 e Setembro, verás dois poemas do Luis que, com a sua autorização lá publiquei.)
Hoje, com que maestria, o lusco-fusco se despediu do dia!!! Não precisou de tintas nem de pincéis. Um sopro de brisa aqui, um farrapo de nuvem ali, o suspiro duma asa de gaivota acolá, a sombra leve e breve de uma vela de barco... E não foi preciso mais; já a noite chegou e ainda andamos à procura do nosso olhar que por lá ficou perdido!...
DÉJENEUR DU MATIN Il a mis le café Dans la tasse Il a mis le lait Dans la tasse de café Il a mis le sucre Dans le café au lait Avec la petite cuiller Il a tourné Il a bu le café au lait Et il a réposé la tasse Sans me parler Il a allumé Une cigarrete Il fait des ronds Avec la fumée Il a mis les cendres Dans le cendrier Sans me parler Sans me regarder Il s'est levé Il a mis Son chapeau sur sa tête Il a mis Son manteau de pluie Parce qu'il pleuvait Et il est parti Sous la plui Sans une parole Sans me regarder Et moi j'ai pris Ma tête dans ma main Et j'ai pleuré. (Encore, Jacques Prévert)
Je suis comme je suis Je suis faite comme ça Quand j'ai envie de rire Oui je ris aux éclats Jáime celui qui m'aime Est-ce ma faute à moi Si ce n'est pas le même Que j'aime chaque fois Je suis comme je suis Je suis faite comme ça Que voulez- vous de plus Que voulez- vous de moi ( Primeira estrofe do poema)
Porque hoje é dia da Ciência e da Cultura. Porque a 24 de Novembro de 1906 nasceu Rómulo de Carvalho. Porque Rómulo de Carvalho (Homem da Ciência), também foi António Gedeão (Poeta, Homem da Cultura), aqui trancrevo, da sua autoria:
Homem Inútil definir este animal aflito. Nem palavras, nem cinzéis, nem acordes, nem pincéis são gargantas deste grito. Universo em expansão. Pincelada de zarcão desde mais infinito a menos infinito.
"Era uma vez um rapaz que morava numa casa no campo. Era uma casa pequena e branca, com uma chaminé muito alta por onde saía o fumo da lareira, que no Inverno estava sempre acesa, e que servia para cozinhar e para aquecer a casa." E é assim que começa este livro do Miguel Sousa Tavares, que ele dedica ao seu filho Martim "que queria saber porque é que as estrelas não caem do céu." O estilo da escrita faz lembrar o da sua mãe Sophia, bonito, simples e muito descritivo. As ilustrações muito belas são da Fernanda Fragateiro. Parece-me um bom livro para as crianças lerem, ou para ser lido em voz alta por pais ou avós aos meninos que ainda não dominem a leitura. E já que me foi oferecido por uma amiga, informo-a que o li para mim própria em voz alta!...(Para que a menina que cá dentro existe, o pudesse escutar). E já que de "Segredos" intitulei este "escrito", não posso deixar de transcrever a dedicatória que a minha amiga Ana me fez e que li comovida: "Para a minha amiga Carolina, que guarda segredos no mar, no coração e no olhar e... continua a saber que «O Segredo é Amar»". E eu respondo : Pois... Obrigada, Ana Maria!!!
"Enfiado no banco de trás do carro, em plena Avenida 24 de Julho em Lisboa, a meio da década de 90, Jovete espreitava timidamente o correr das ruas quando lançou a incrível pergunta: «Há quantos anos não há guerra nesta cidade?» Jovete vivia num bairro do Cuíto, no Sul de Angola. Quando o conheci, a guerra ainda estava longe do fim. Tinha 11 anos e arrastava o seu corpo magro sobre umas "canadianas" de ferro, pesadíssimas, sem a perna que tinha perdido devido ao rebentamento de uma mina ao tentar recolher alimentos para a família. ...Após longos tratamentos médicos, Jovete voltou para Angola. Acredito que, por estes dias, estará entre os que festejam, a 11 de Novembro, de uma forma especial, os 30 anos da Independência de Angola. Por várias razões.Porque a paz está consolidada, porque o país está a melhorar e porque a selecção angolana vai a caminho do Mundial na Alemanha. E também porque quando viajar pelo país dele, Jovete também já poderá fazer a pergunta: há quanto tempo não há guerra nesta cidade?"
(Extracto da crónica de Cândida Pinto, "Lá Fora"; Revista "Única" do Expresso de 5/Novembro/2005)
Tenho uma afilhada Chamada Carolina Que vive em Santiago No alto da colina Ela telefonou E disse-me assim: Então hoje não fazes Um verso para mim? Aqui vão os versos Perfumados de rosa Para uma menina Muito mimosa Mando esse raminho Gostarás de certeza Coloca numa jarra Para enfeitar a mesa Beijinhos para ti Para o Dudu e Sofia Ter estes "amores" É uma grande alegria!
"E no dia seguinte ninguém morreu." Gostei do teu Memorial do Convento; li (gostando menos) A Jangada de Pedra. Mais tarde, peguei noutro livro teu (esqueci o título) e não consegui terminá-lo. Pensei: Chega de Saramago!!! Pouca mossa te causaria esta minha "retirada", és um Nobel e tens milhões de leitores por esse mundo fora. Todavia, a conselho de amigos, entrei na livraria e peguei no teu último livro "As Intermitências da Morte". O próprio livreiro me disse que estava a lê-lo, e que o livro era interessante. -Pois sim, (pensei), ainda não será desta que me convencem!... Abri o livro e li a dedicatrória: "A Pilar, minha casa"(assim mesmo, breve, sucinto e sem ponto final). A simplicidade e a força destas 4 palavras acabou com as minhas hesitações. Um escritor, que dedica uma obra à sua companheira, assim com esta intensidade expressiva, MERECE SER LIDO!!!! Mais te digo, Saramago, vou na página 52 e estou a gostar. Com "olho de lince" e grande sentido de humor, fazes a análise deste "mísero mundo politiqueiro" em que vivemos. E já agora , cumprimentos à tua companheira Pilar, tua casa (e em tua homenagem vou abolir o ponto final deste meu "escrito")
O ar é tão leve nos telhados do mundo a alma flui no silêncio profundo Um melro voou Cheira a rosmaninho E eu não sei de te invento (assim) no caminho (Mémórias de uma viagem por serranias de Trás -os- Montes. Tudo tão alto e tão sereno que o Mundo parecia caber todo inteirinho na palma das nossas mãos. Tudo tão no alto que a aldeia se chamava Telhados. Lembras-te? (Claro que não! As invenções não têm memória.)
Lua cheia Boião de leite que a noite leva Com mãos de treva Para não sei quem beber. E que, embora levado Muito devagarzinho, Vai derramando pingos brancos Pelo caminho. (Cassiano Ricardo-Brasil)
Veio uma gaivota Pousar na janela Trazendo no bico Uma flor amarela
Por falta de hábito Mostrei estranheza Perguntei- lhe o porquê Da delicadeza Pousou a flor E saiu voando Eu passei o dia No caso pensando Se a ponho na jarra Ela vai secar Viverá para sempre Se eu a partilhar Eu dou a vocês A flor amarela Que a gaivota deixou Na minha janela!
Para que vieste Na minha janela Meter o nariz? Se foi por um verso Não sou mais poeta Ando tão feliz! Se é para uma prosa Não sou Anchieta Nem venho de Assis. Deixa- te de histórias Some-te daqui!
"Triteza não tem fim Felicidade sim..." (Mas mudemos a letra, tentando manter a melodia...) A Felicidade é como um Sol (está sempre lá) Um dia a nuvem esconde No outro brilhará!!! (Pede- se que seja lido, a cantarolar!)
Um bando de gaivotas disputava freneticamente um frasco acastanhado, que na orla da maré, relobava ao compasso da ondulação . Ora uma, ora outra "abicanhavam" o dito frasquito, deslocando-se com ele até que (rapidamente) lhe era roubado. Fiquei a observar intrigada. E conclui : Deve ser algum frasco de antibiótico, "remédio santo" para uma provável gripe das aves!!! Ó bicho inteligente!!!! (Por incrível que vos possa parecer, juro que não inventei nada.)
"Diga as suas tristezas e os seus desejos, os pensamentos que o afloram, a sua fé na beleza. Diga tudo isto com uma sinceridade íntima, calma e humilde. Utilize, para se exprimir, as coisas que o rodeiam, as imagens dos seus sonhos, os objectos das suas recordações. Se o quotidiano lhe parecer pobre, não o acuse: acuse- se a si próprio de não ser bastante poeta para conseguir apropriar- se das suas riquezas.Para o criador nada é pobre, não há sítios pobres, indiferentes." « Cartas a um jovem poeta» de Rainer Maria Rilke.
Nem me atrevo a pôr já outra imagem. Tenho medo que não resulte. Mais logo, talvez!... Atrevi-me e resultou! Vou tomar um calmante!!!! São emoções demais para uma sexta- feira!
Um dia disse ao meu Pai:
- Sou filha das tristes ervas...
Ele respondeu, versejando com muita graça:
"FILHA DAS TRISTES ERVAS
MAS NÃO DA ERVA DANINHA
FILHA DA MANA BIA
E DO MANO ZÉ PALMINHA!"