Quatro da manhã e lá estava ela,(a Lua)!
Lembrei-me dum fado,com grande sucesso há uns anos atrás.
"Os dois ao luar
num pedacinho de vela
e as águas do mar
calmas como a noite bela.
Perto os rouxinóis
cantavam em serenata
e os teus olhos negros
eram dois faróis
riscando as águas de prata"
É que eu ainda sou do tempo,em as gaivotas não tinham sido inventadas,e os rouxinóis é que cantavam em noites de lua cheia,sobre barquitos à vela...
E os olhos das Amadas não eram meigos e doces,mas dois faróis(quiçá, nos máximos).
Quem cantava este fado?
Fernando Farinha? Talvez...
Lembro-me que gostava muito de o ouvir,sabia cantá-lo e não me punha, como agora, a fazer críticas.
Começava assim:
"No paraíso
em que a sonhar vivi
não tinha trono
mas eu era rei....etc....etc..."
E foi com o Fernando Farinha,na orelha que abalei, esta manhã, a caminho de Lisboa, para ver a minha sobrinha no Teatro da Comuna.
E com ele me deito(quase à meia-noite).
"E quando à noite
a lua calma e doce
leva o barquinho
rumo à aventura...la...la...la...la..."
Mas não pensem que a esta hora me apetece cantar!
(Estou muito cansada).
É que sou uma "fingidora"!
O outro Fernando, (esse Pessoa),parece que também era!
Fingidores há muitos,poetas é que nem por isso!...
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2 comentários:
Dada a impossibilidade de, ao contrário de privilegiados como os reformados, irmos ao teatro a Lisboa, bem gostaríamos que os amigos que lá vão dissessem qualquer coisita sobre a peça...
;)
Já estava na minha agenda falar sobre isso!
É só passar o nevoeiro...
À noite aí estaremos!
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