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Chamava-se Marco e tinha 7 anos.
Era meu aluno.
Um dia, atravessávamos calmamente o pátio da escola a caminho da sala de aula, quando o Marco estacou de repente e disse:
- Tás a ver professora?
Vi que ele apontava para o telhado da cantina, na altura em obras.
- Vês aquele barrote? - insistiu ele.
Vi que do telhado meio desmanchado, sobressaia um grosso barrote.
- Sim vejo, o que é que tem?- respondi.
- Pois! Que belo barrote para dar com ele nos "cornos" do meu pai! - disse o Marco, para meu grande espanto.
E nem me deu tempo de reagir acrescentando:
- Quando vejo o meu pai a bater na minha mãe, se eu tivesse um barrote daqueles, arreava-lhe!!!
(Chama-se Marco e hoje já deve ter 20 anos. Passeia de mão dada com uma bonita mocinha.
- Marco, não te esqueças de tirar da tua infância uma boa lição!
Que sejas bom companheiro e bom pai!
E que nunca um filho teu repare nos barrotes que possam sobressair de telhados em arranjo!...)
Era meu aluno.
Um dia, atravessávamos calmamente o pátio da escola a caminho da sala de aula, quando o Marco estacou de repente e disse:
- Tás a ver professora?
Vi que ele apontava para o telhado da cantina, na altura em obras.
- Vês aquele barrote? - insistiu ele.
Vi que do telhado meio desmanchado, sobressaia um grosso barrote.
- Sim vejo, o que é que tem?- respondi.
- Pois! Que belo barrote para dar com ele nos "cornos" do meu pai! - disse o Marco, para meu grande espanto.
E nem me deu tempo de reagir acrescentando:
- Quando vejo o meu pai a bater na minha mãe, se eu tivesse um barrote daqueles, arreava-lhe!!!
(Chama-se Marco e hoje já deve ter 20 anos. Passeia de mão dada com uma bonita mocinha.
- Marco, não te esqueças de tirar da tua infância uma boa lição!
Que sejas bom companheiro e bom pai!
E que nunca um filho teu repare nos barrotes que possam sobressair de telhados em arranjo!...)
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Marco, o 3º na fila de baixo a contar da esquerda)
(in sardinheiras em 24/6/2005)
8 comentários:
Olá Carolina:
As crianças são formidáveis, apesar do ambiente familiar ele tem um ar feliz, talvez fosse compensado pela professora que lhe ensinava coisas bonitas.
Beijinhos
Ele era uma criança com "um mundo só seu"! Mas era feliz como normalmente as crianças são naquela idade!
Infelizmente cruzaram o nosso caminho "meninos" e "barrotes" e vontade de fazer o mesmo...mas também sentimos a felicidade de os ver "Homens" incapazes de repetir a história...Beij e continua a deliciar-nos com as tuas recordações.
Ainda bem que tinha uma boa professora, os miúdos não se esquecem de nada, o barrote às vezes faz falta, eu também passei por isso via o meu pai a bater na minha mãe as vezes é que apetecia fazer dar -lhe com um barrote, um grande beijo gostei dessa história.
O que ia na cabeça e no coração daquela criança para se lembrar disso ao ver o barrote!! :((
Que hoje ele seja um homem bem formado e se lembre do mau exemplo que era o pai para que não o imite nunca!
Ó Carolina tu és uma "Estrela"!
Tens de me explicar como é que passas as postagens que tens do ano passado para agora.
É que, eu tenho algumas coisas publicadas no "jelico" que ficam melhor se, postadas em "Pecados Veniais".
Depois explicas-me.
Está bem sra. professora?
- Grande lição, ESSA!...
Carolina, como sempre têns coisas muito giras, mas esse menino a mágua dele era muito grande !
Mas como ele sentiu que podia desabafar.
E de certeza foi com a pessoa certa a sua Professora !!!
Irei então relatando as minhas pequenas memórias já que isso vos agrada!
;)
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