França, 1669 – 1.ª publicação de LETTRES PORTUGAISES, retrato de amor entre uma religiosa portuguesa, Mariana, e um fidalgo francês, Sr. de Chamilly.
Artifício literário ou verdadeira expansão de uma louca paixão da freira de Beja, as CARTAS PORTUGUESAS constituem uma obra-prima da literatura universal.
Saboreemos alguns excertos da obra:
“ Considera, meu amor, até que ponto foste imprevidente! Oh!, infeliz, que foste enganado e a mim enganaste também com esperanças ilusórias. Uma paixão sobre a qual tinhas feito tanto projectos de prazeres (…).
E esta ausência (…) há-de então privar-me para sempre de fitar esses olhos onde eu via tanto amor, esses olhos que me faziam saborear emoções que me cumulavam de alegria, que eram o meu tudo, a tal ponto que deles só precisava para viver? (…)
Como podem ter-se tornado tão cruéis as lembranças de momentos tão agradáveis? (…)
Mas não importa! Estou decidida a adorar-te toda a vida e a não ter olhos para mais ninguém (…)
Se me fosse possível sair deste malfadado claustro, não esperaria em Portugal que se cumprissem as tuas promessas: iria eu, sem qualquer inibição, procurar-te, seguir-te e amar-te por toda a parte.(…)
Lamento, só por amor de ti, os prazeres infinitos que perdeste (…) e terias experimentado que se é muito mais feliz e que se sente algo de bem mais tocante quando se ama com violência do que quando se é amado! (…)
Mas, finalmente, regressei deste encantamento. (…)
É preciso que o deixe e que não volte a pensar em si. Julgo mesmo que não voltarei a escrever-lhe. Tenho alguma obrigação de lhe dar contas dos meus actos?”
Nota: espero poder mostrar-vos neste espaço, ou nalgum bloque “próximo”, a capa da edição supracitada.
2005-10-02
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1 comentário:
Não há por ninguém que lhe escreva uma carta de Amor???
Está tudo cego!!!
Quem sabe?
Talvez eu arrisque...
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