Lá fora há sementes tuas
sob o vento das ruas
Caminha a noite tão leve
tão leve
que tu és a sua transparência
Impossíveis fosforescências
acordam os teus sentidos
em mim
Fogos fátuos tristonhos
únicos, tão nítidos
nem choram
Derramam a sua voz de luzes
imperceptíveis
silenciosos
Com medo
que desapareças
(Do amigo E. L. , a quem não posso pedir autorização e a quem peço desculpa pela ousadia de publicar este poema).
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