2007-01-01

Livros!


Como te disse, Isaura, tive que trocar o livro que me deste porque recebi um igual.
Da papelaria, dos vários que me puseram na frente para escolha, trouxe três.
Vou falar - te deste que mostro nesta postagem e que se chama:
"À SOMBRA DAS ACÁCIAS VERMELHAS".
Do autor ( António Garcia Barreto), nunca tinha ouvido falar.
O tema, guerra colonial, não me seduzia; para guerras e desgraças já me basta o telejornal.
Escolhi - o apenas porque o título era um "chamariz", vá- se lá saber porquê...
Comecei a lê - lo e agora que estou a meio, posso dizer- te que o acho muito interessante, porque ao contrário do que o tema possa sugerir, não é o relato de pavores, misérias e atrocidades.
É sim, uma visão ( e digo visão) porque o autor participou na guerra colonial em Moçambique e passo a citar: "Existem sentimentos de humilhação, coisas más que frenam a espontaneidade e necessitam de um tempo decorrido para o esbatimento desejável e libertador. Permite - se assim, ao leitor a fruição de um testemunho mais distanciado e crítico, porventura mais coerente."
São pequenos capítulos que se lêem com muito agrado.
Lembrei -me até de que no nosso livro, repito com orgulho, nosso livro, "PALAVRAS MADURAS" há um texto que tem por título : A Catedral, cujo tema tem de certo modo a ver com o tema do António Garcia Barreto.
Reli- o com muito interesse e muito a propósito, porque tem também a ver com a época natalícia que acabámos de passar. E digo - te, Isaura que aquele texto não destoaria em qualquer livro publicado, muito pelo contrário, só enriqueceria qualquer livro que se publicasse sobre o tema.
Acho que é hora de recomeçarmos com a nossa escrita. Penso que todos os colegas, passado este "frenesim" das festas virão cheios de inspiração. E essa não nos irá faltar como todos já demonstrámos.
Isaura, ficaste um pouco desanimada quando te disse que ia trocar o livro que me deras, mas repara que em vez de um, me deste, não só 3 livros, como ainda o tema para este "escrito".
Para todos, um 2007 cheio de boas leituras e de grandes inspirações!...

6 comentários:

Anónimo disse...

Pois é, minha Amiga, a guerra é SEMPRE feia. Agora uma coisa é a guerra, outra são as pessoas, pessoas de carne e ossso, com sentimentos e valores morais, comuns mortais que todos somos, que são impelidas a fazê-la. E em qualquer guerra há actos de uma extrema entrega, actos que mais que de bravura o foram de camaradagem e sentido moral. Esquisito, não é? Acho que todas as guerras são IMORAIS, há é sempre dois pontos de vista, o nosso e o do outro lado. E num ou em ambos os lados alguém decidiu que era chegada a altura de, pela força, tomar qualquer coisa ao outro, seja o poder, o território, a cultura ou até, pasme-se, a religião. E então é vê-los, aos dois lados, a mandar matar em nome de Deus, argumentando até, mas com que cinismo, que a sua (de ambos) religião não permite que se mate!
Desculpa este desabafo quase incoerente.

Anónimo disse...

Compreendo!

Anónimo disse...

"À Sombra das Acácias Vermelhas" acho esse título tão sugestivo para mim que fiquei com vontade de o ler.
Na minha adolescência vivi numa rua de acácias rubras e quando me debruçava à varanda via, aos meus pés, um longo tapete de flores vermelhas.
Saudades da cor, da imagem, do cheiro e daqueles tempos ...

Anónimo disse...

lAURITA,pois podes contar com ele que o farei circular de canto em canto , no nosso CANTO DAS LETRAS!
BJS.
Uma menina tão bonita como tu só poderia morar na rua das Acácias!

Anónimo disse...

Não quero parecer que estou a apanhar a boleia (essa de uma menina tão bonita), mas eu também vivi até aos 14 anos, em Nampula, numa linda avenida com acácias, rubras e amarelas. Era linda, a minha avenida, quando as acácias floriam!...

Anónimo disse...

Pois, pois!
A gente calcula!...
bjh