Crítica (in c7nema) No último festival de Locarno, na Suíça, “Primavera, Verão, Outono, Inverno e Primavera” foi ovacionado pela assistência, com 15 minutos de aplausos, e depois de ver o filme entendo plenamente o porquê. A beleza, às vezes, está na simplicidade das coisas, é uma frase feita, mas que assenta como uma luva a este filme. Praticamente minimalista, de cenários fixos e parco em diálogos, “Primavera, Verão, Outono, Inverno e Primavera” é um filme poderoso e quase hipnótico para o espectador. Este é um projecto muito pessoal, escrito, realizado e interpretado por Kim Ki-duk. Este realizador coreano, responsável por “The Isle” (conhecido entre nós como “Bordel do lago”), e que foi, já este ano, galardoado no Festival de Berlim com o prémio de melhor realizador pelo seu mais recente trabalho, “Samaria”. Voltando ao filme, as estações são etapas da vida, etapas que marcam a relação entre um velho e sábio monge (Young-soo Oh) e as diversas fases da sua convivência com o seu aprendiz. A Primavera é a época do renascimento e da aprendizagem. Lindo! Absolutamente fabuloso o relacionamento e a forma de educar do mestre austero, mas não tirano, para com a criança (Jong-ho Kim). Com o Verão, chega o calor e o amor, o aprendiz (Jae-kyeong Seo) tem agora 17 anos e conhece a paixão e o desejo, sentimentos para os quais não está preparado. e para os quais o seu velho mestre não o poderia preparar. Por amor, a vida do aprendiz sofrerá grandes alterações, mas falar mais sobre a história seria estragar a maravilhosa descoberta desta belíssima fábula. Mas uma coisa é certa, mesmo depois do Outono, e do tortuoso Inverno, volta a Primavera e com ela, mais uma vez o renascimento. A simplicidade é de tal forma, que as personagens não têm nome. Mas isso não é necessário para criar laços com o espectador, pois estes são criados não pelas palavras, mas pela expressividade dos rostos, pelas acções, pelo simbolismo de todas as pequenas coisas, como por exemplo existir um animal associado a cada uma das estações. Um mimo! Se alguns filmes nos deixam tentados a falar em poesia adaptada ao ecrã, “Primavera, Verão, Outono, Inverno e Primavera”, é pura pintura, e de beleza estonteante. Mesmo sem sabermos o nome da principal personagem, no final sentimos que o acompanhamos numa longa e reveladora viagem pela vida. E como uma história, de uma simplicidade atroz pode ser uma obra-prima visual. A não perder 10/10 Carla Calheiros
Não consigo ver o filme. Mal começam a passar as primeiras imagens o computador vai abaixo. Já aconteceu duas vezes. Passa-se qualquer coisa de estranho. Mas o comentário está espectacular. Primorosamente bem escrito e com uma interpretação tão minuciosa que desperta o interesse. Em breve vou mudar de computador e então poderei ver as imagens. Beijinhos
Confirmo Carolina, efectivamente, nem precisa legendas! É lindo, sem dúvida! Explorei todas as possibilidades de visionamento que apresenta. Também a música, sem palavras, esta Primavera repetida...!!! Beijinho e abracinho, Primaveril.
Um dia disse ao meu Pai:
- Sou filha das tristes ervas...
Ele respondeu, versejando com muita graça:
"FILHA DAS TRISTES ERVAS
MAS NÃO DA ERVA DANINHA
FILHA DA MANA BIA
E DO MANO ZÉ PALMINHA!"
12 comentários:
Informações dados pelo Gil:
Crítica (in c7nema)
No último festival de Locarno, na Suíça, “Primavera, Verão, Outono, Inverno e Primavera” foi ovacionado pela assistência, com 15 minutos de aplausos, e depois de ver o filme entendo plenamente o porquê. A beleza, às vezes, está na simplicidade das coisas, é uma frase feita, mas que assenta como uma luva a este filme. Praticamente minimalista, de cenários fixos e parco em diálogos, “Primavera, Verão, Outono, Inverno e Primavera” é um filme poderoso e quase hipnótico para o espectador.
Este é um projecto muito pessoal, escrito, realizado e interpretado por Kim Ki-duk. Este realizador coreano, responsável por “The Isle” (conhecido entre nós como “Bordel do lago”), e que foi, já este ano, galardoado no Festival de Berlim com o prémio de melhor realizador pelo seu mais recente trabalho, “Samaria”.
Voltando ao filme, as estações são etapas da vida, etapas que marcam a relação entre um velho e sábio monge (Young-soo Oh) e as diversas fases da sua convivência com o seu aprendiz. A Primavera é a época do renascimento e da aprendizagem. Lindo! Absolutamente fabuloso o relacionamento e a forma de educar do mestre austero, mas não tirano, para com a criança (Jong-ho Kim).
Com o Verão, chega o calor e o amor, o aprendiz (Jae-kyeong Seo) tem agora 17 anos e conhece a paixão e o desejo, sentimentos para os quais não está preparado. e para os quais o seu velho mestre não o poderia preparar. Por amor, a vida do aprendiz sofrerá grandes alterações, mas falar mais sobre a história seria estragar a maravilhosa descoberta desta belíssima fábula. Mas uma coisa é certa, mesmo depois do Outono, e do tortuoso Inverno, volta a Primavera e com ela, mais uma vez o renascimento.
A simplicidade é de tal forma, que as personagens não têm nome. Mas isso não é necessário para criar laços com o espectador, pois estes são criados não pelas palavras, mas pela expressividade dos rostos, pelas acções, pelo simbolismo de todas as pequenas coisas, como por exemplo existir um animal associado a cada uma das estações. Um mimo! Se alguns filmes nos deixam tentados a falar em poesia adaptada ao ecrã, “Primavera, Verão, Outono, Inverno e Primavera”, é pura pintura, e de beleza estonteante.
Mesmo sem sabermos o nome da principal personagem, no final sentimos que o acompanhamos numa longa e reveladora viagem pela vida. E como uma história, de uma simplicidade atroz pode ser uma obra-prima visual. A não perder 10/10 Carla Calheiros
29/1/07 11:46
FABULOSO!!!
Sem comentários da minha parte, pois as informações recebidas falam por si e dizem o que eu não saberia descrever...só sentir...BJS
céu
Não sei o que se passa agora não aceita a minha identidade registada na conta Google. Não sou anónima...sou a céu do ó
Amiga , parece que já consegui resolver mais este problema do anonimato.
Céu, ao fim das três é de vez. Confirma-se aqui!
;)
Adorei ficou lindo este video, as 4 estações, num belícimo filme, um beijo.
Não consigo ver o filme. Mal começam a passar as primeiras imagens o computador vai abaixo. Já aconteceu duas vezes. Passa-se qualquer coisa de estranho. Mas o comentário está espectacular. Primorosamente bem escrito e com uma interpretação tão minuciosa que desperta o interesse. Em breve vou mudar de computador e então poderei ver as imagens.
Beijinhos
Confirmo Carolina, efectivamente, nem precisa legendas!
É lindo, sem dúvida!
Explorei todas as possibilidades de visionamento que apresenta.
Também a música, sem palavras, esta Primavera repetida...!!!
Beijinho e abracinho, Primaveril.
Juja, deve ser problemas no teu computador.
Mas se fores ao yutoube e escreveres o nome do filme aperece-te o dito cujo e podes visioná-lo.
;)
Restante pessoal, ainda bem que gostaram porque o filme (na íntegra é uma maravilha. Vi-o numa noite de insónia!
;(
;)
linnnnnnnndo!
Pois éééééééééé!!!
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