(Pintura de Matisse)
Costa do Norte, mar muito azul e praia quase deserta.
O carro branco parou no alto da falésia.
Um homem e uma mulher saíram do carro.
Sem uma palavra nem um olhar, ele começou a descer as escadas.
Ela seguia-o um pouco mais atrás.
Chegados ao areal ela desdobrou a toalha, despiu o vestido e em biquini estendeu-se na toalha.
Ele continuou a caminhar praia fora. Lá ao fundo, mal se avistava, despiu a camisola e sentou-se na beira-mar.
E eu... cá no alto sentada no carro fiquei a pensar: " Arrufo de namorados, solidão a dois num casamento em crise?"
Nem uma gaivota nem um barco no mar. Cenário composto e a condizer com os personagens.
Quem sabe se o Manoel de Oliveira não faria desta estória (sem estória), um dos seus filmes...
10 comentários:
Mas que bem!
Tinha saudades de ouvir essa grande voz da Chavella Vargas!
Hoje, é já um pouco tarde para isso mas amnhã vou ouvir um ou dois CDs, (dos quase 20) que tenho dela.
Valha-me Deus, não dou conta de tanta coisa...
- Quanto ao cenário que descreves, Carolina é realmente digno de uma cena de Manuel de Oliveira.
Incluindo a tua presença, lá no alto da falésia como testemunha de algo que, não se sabe o quê acontecesse.
Mistério!
Podia ter sido tanta coisa além dessas duas que enumeras...
"Torcemos" para que não tenha sido nada demais.
Beijinho;))
Mas tu tens "quase" vinte discos da Chavella?
Eu fico sempre arrepiada quando ouço esta voz.
Até me dá calafrios ;)
Esta senhora é uma lenda viva (penso que ainda é viva) da música mexicana!
20 ou mais!
Vou ter de os contar novamente.
Vénias;)
Afinal, são (só) 16!!!
Devo ter emprestado alguns.
Aqui em casa ouve-se agora o célebre Concerto (Setembro de 2003) em Carnegie Hall de Chavela Vargas.
Lindo!
Há tempos que não ouvia.
Obrigada pela lembrança.
Namastê^_^)
Ami.a Carol
Mais vale só que mal acompanhada...
Estou na aula da Teresinha.osto muito.Bjs Céu
Carol o ma.ano do teclado comeu a letra que fica entre "f" e "h"...Bjs Céu
Esse declado é um comilão. Devia ser de.olado (e lá se foi o "g"!).... ; )))))
Arte é encontrar estória, numa estória sem estória (confuso?),de Manuel de Oliveira e de Carolina Palminha!
Por outro lado, não digamos estar sós ou que temos um segredo. Há sempre alguém por perto que nos vê e que se interroga sobre o que se estará a passar. Gostei!
;)
Tens razão, há sempre alguém de "atalai".
Ui há que tempos ñ usava tal palavra. Bonita mas caída em desuso!
;)
Quantas coisas se escondem nos gestos simples!
Podemos fazer mil suposições e tecer uma teia complexa ou simplesmente pensar que cada um precisava de momentos de solidão, a ouvir o mar...
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