2005-02-27

Chove!

A chuva beija a terra sedenta e o vento estonteado apanha gotas aqui e ali, bate às janelas, salpica de sorrisos os rostos tristes, acaricia as flores, afasta-a dos que andam perdidos na rua...

AS PRIMEIRAS CHUVAS

As primeiras chuvas estavam tão perto
de ser música
que esquecemos que o verão acabara:
uma súbita alegria,
súbita e bárbara, subia e coroava
a terra de água,
e deus, que tanto demorara,
ardia no coração da palavra.
Eugénio de Andrade

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