Há algum tempo atrás, encontrei entre retalhos de Sines numa pastinha com ferragem, de um azul desbotado, que na contra capa tinha escrito:
" Ter uma amiga fiel
é uma grande felicidade!
Pois é!!!
Aqui vai isto
para a minha
amiga
fiel"
E no fim de uma breve colectânea de poemas, dactilografada, um, manuscrito:
"Quando o meu filho estiver
doente, levo-o ao jardineiro
porque ele é uma flor"
"Tenho uma amiga
que se chama
Aurora
leve e fresca
como uma
nascente.
(nos olhos
tem mares
de terras distantes)
Veste-se de espuma
da costa do norte
cabelos de bruma
que dançam
no vento
quando o vento é forte.
as mãos
são gaivotas
que num voo
desenhado
tecem madrugadas
p´ro seu namorado
na voz
uma aragem
-canção de mimar-
é que
aurora tem
do ventre saído
um fruto mimoso
que quer embalar
clarins
d´alvorada
já podem tocar
brindem
a aurora
que está a chegar
CAROLINA
Janeiro/82"
E agora, de um modo muito seu, pergunto-vos com as suas palavras: " Atão que tal?"
2005-07-14
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2 comentários:
Olhe amiga, cá por mim,modéstia à parte acho jêtoso!!!!
Tão grande é ter uma amiga assim que oferece presentes como este.
Tão bonito este poema! E a Aurora é mesmo assim, linda.
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