2005-08-30

A Pituxa!!!

Lembrei!
Lembrei-me desta velha amiga, que no meu texto "o forn(inho)", deu tão propositadas "dicas".
Só tu!!!
Mas, como poderia lembrar-me se, naquele tempo, tu eras mais de DOCAS do que de DICAS???...
Lembras-te? No Inverno em que nos conhecemos, tu carpias mágoas, nas tascas perto do Tejo, porque o teu marujo de água doce te trocara por outra.
Trabalhava ele num cacilheiro, (venderia paladares?) .
Tu espreitavas todas as carreiras, Lisboa/Cacilhas, Cacilhas/Lisboa, na ânsia de o rever.
Grandes "molhas" apanhavas encostada e escondida atrás das colunas do cais!!...
(Sim, porque naquele tempo os invernos ainda tinham chuva, vento e trovoadas).
Ai que saudades dum Inverno a sério!!!
Boas madrugadas passámos, entre ginginhas e jeropiga, numa nuvem de fumaça. Tu fumando a tua eterna cigarrilha negra e mal cheirosa. Eu com o meu cachimbo, oferta de um velho marinheiro (este sim, de água salgada)!
Éramos as sereias da doca!!!
Mas... sempre tudo dentro do respeito, porque naquele tempo, para além de chuva também havia respeito!
Quem se atreveria a desrespeitar aquelas duas MULHERAÇAS de pêlo na venta e faca na liga??
Belos tempos!
Pituxa, se me queres rever aparece em Sines!
Quem sabe, não faremos ainda umas "faenas"???!!!...
Cacilheiros não há!
Petroleiro, serve???

2 comentários:

Anónimo disse...

Querida Amiga!
Ao ler o teu blog, duas lágrimas rolaram no meu rosto!
Fizeste-me recordar os nossos velhos tempos!
Não sei se sabes , mas o tal marinheiro, voltou para mim! Finalmente tomou juizo... Temos três filhos lindos (Duas meninas e um menino)!
Depois de teres deixado Lisboa, voltei a estudar, tirei um mestrado em culinária (daí as DICAS)...
E mais não digo...
Em breve irei visitar-te!Vamos pôr em dia as nossas conversas...


Um grande beijinho
PITUXA

Carolina disse...

Cá te espero boa e regenerada amiga!
Não me digas que já nem bebes uma ginjoca.
As voltas que o mundo dá.É preciso BLOGAR-SE para se reencontrarem velhas amizades.
BJS aos teus 3 robalinhos do Tejo e um abraço ao teu marujo que nesta altura da vida já deve ter arrumado a enferrujada fateixa.
Até que a maré te traga!