2006-02-02

Memórias nuas

Memórias nuas
Os belos seres brilham nas dunas dos meus estranhos sentidos
brilham de almas puras
brilham ardentes junto ao mar

Suados e amados de suas securas
brilham vivos entre brumas
deitados nas dunas
entregues ao mar

Memórias nuas
Que bela é a vista que tenho deles
Será que eles me vêem
Eu vejo-os
E vejo o mar
E posso- lhe tocar
Como toco nas pedras daquele menino a brincar
ou nas lágrimas de alguém que fiz chorar
olhar- me ao espelho e lembrar
lembrar

as dunas
do mar
do teu olhar
(Sérgio Moura, jovem poeta de 28 anos, falecido em Janeiro de 2004)

1 comentário:

Anónimo disse...

....A verdade está sempre onde existe a fé"...E às vezes, certas benções de Deus entram, estilhaçando todas as vidraças...
Que bonito poema feito por este jovem.... Srs