2006-07-26

Meia maré!


Maré vazia! Não! Meia maré!
Onda pequena.
Três canas de pesca e um pescador.
Um estrangeiro pratica um daqueles desportos dos quais não sei o nome. Uma espécie de paraquedas, os pés presos numa pequena prancha e o vento é o motor que empurra o jovem a grande velocidade sobre o mar, elevando- o por vezes no ar.
Ao longe, quatro navios de carga esperam a hora da sua entrada no porto.
Na praia, a areia seca forma mil desenhos em forma de "ondinhas no deserto". É o vento que soprando com força junto ao chão arrasta a areia com se fosse poeira.
Passeando- se, dona e senhora destes domínios, uma gaivota.
Uma única gaivota!
Lá ao longe, Sines mergulha num poente incendiado.
O estrageiro recolheu o aparelho voador.
O pescador das três canas passeia na beira- mar com um balde preto na mão.
Um bando de gaivotas pousa na praia.
A outra, a tal... não se mostra interessada no bando.
Continua meditando e debicando na beirinha da água, para cá e para lá... para cá e para lá... para cá e para lá...


4 comentários:

kanuthya disse...

Toda d'água sou feita, fazem-me bem estes relatos à beira-mar. Obrigada :)

Carolina disse...

Então, directamente da SOPHIA para a Kanuthia:
"De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua,
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua."
(Nota: O texto que escrevi tinha a ver com...S.Torpes!Dá para perceber, não é????)

a das artes disse...

para cá e para lá... para cá e para lá... Até dá ideia que é o bico da caneta a escrever na areia. A gaivota não tinha, por acaso, uma caneta na mão?
;*

Carolina disse...

Ai... se a minha caneta fosse o bico duma gaivota!...
;*