2006-09-11

Um cágado na beira do rio

O meu amigo Zé Pires viu um cágado à beira do rio, mais propriamente, junto da ribeira de Morgavel. Pensou que sendo aquilo um lugar de passagem, alguém mal intencionado, poderia fazer mal ao bichano.
Meteu-o no balde que trazia na mão e levou- o para o Parque de Campismo onde tem uma casinha e um quintal. Era noite e ele deixou-o no balde com um pouco de água e uma pedra para onde o bichinho poderia subir e descansar. No dia seguinte providenciaria um laguinho e o cágado poderia viver em paz passeando sem perigo na relva.
Mas, raciocínio de cágado é diferente...
De manhã o cágado tinha desaparecido. O Pires ainda procurou pelas redondezas, mas do animal nem sombra de carapaça.
Já bem tarde na noite o meu amigo resolveu dar uma voltinha a pé e ao passar pelo portão do parque, surpreendeu-se ao ver que mais "alguém" caminhava, vagarosamente, aproveitando a escuridão da noite para se escapar...
O Pires abanou a cabeça e sorriu.
Pegou no cágado e foi depositá-lo na margem da ribeira, no mesmo sítio donde o tinha levado.
E é por estas e por outras que eu gosto de cágados!
E é por estas e por outras que o meu Amigo Pires tem um lugar muito especial no meu coração!
(Moral da história: Cágado não nasceu para ser campista!)

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