2005-04-06

Mana Bia

De nome próprio Maria das Dores, docemente tratada por "Bia", mais conhecida por "Mana Bia", para mim "Bibi", para os especiais mãe, avó, prima, amiga...
Fazia hoje anos, não sei quantos, e este é o 1.º aniversário que não festeja entre os seus entes queridos. Delicia-se, certamente, com os encantos do Paraíso na companhia do seu saudoso Mano Zé, o do bigode, o falador, o seu companheiro de sempre, o pai dos seus lindos filhos.
Uma presença, um olhar, um sorriso e uma voz inesquecíveis, um bonezinho na cabeça que lhe dava um toque único, a boa disposição, a brisa de S. Torpes acariciando a sua pele de seda, as relações públicas do restaurante da sua iniciativa e por sua conta, a retirada para "cuidar" das galinhas, as viagens em serviço, inadiáveis - pão insuficente, por exemplo - que efectuávamos, entre outras, todas recheadas de prazer e alegria, as saborosas refeições tomadas em família, independente do espaço físico em que nos servíamos, da quantidade de vinho existente no garrafão, dos quilómetros percorridos...
De olhos postos nos seus rebentos, desafiando a menina que sabia que tinha pernas para ainda andar muito - faz Kms medidos a candeeiro público -, zelando pelo seu menino de coração bondoso, temendo que alguém o magoasse, teve a felicidade de ver nascer e crescer a mais bela flor da família.
Abraço com ternura e bendigo os nossos últimos encontros, partilhados com a sua menina, particularmente os sorrisos que me ofereceu, o carinho que permitiu que lhe manifestasse, a tranquilidade que respirava quando lhe respondia, vezes sem conta, à pergunta: "O meu Zé?" - Obrigada, querida Bibi!

2 comentários:

Anónimo disse...

E... se não anda nas poças do céu a apanhar navalheiras com o Chico Pelado, está certamente com o Mano Zé, cochilando os dois, metidos no seu carrinho, estacionado frente ao mar de S.Torpes.

Anónimo disse...

Ou talvez rondem a Afeiteira, circulem pela capital, dêem um saltinho à marginal...