2005-05-17

Papel Mata-Borrão - 12.º pingo de tinta

S. TORPES

No ano 67 da nossa era cristã, um oficial da casa do Imperador Nero, Torpes, adepto do cristianismo, foi degolado, depois de ter resistido a açoites e atirado às feras, que não lhe fizeram mal, no dia vinte e nove de Abril do século l (469) em Pisa e lançado ao rio Amo.

A 17 de Maio do mesmo ano, foi encontrada em Portugal, nas terras de Sines, por Santa Celerina*, a quem um anjo anunciara, em sonhos, que recebesse os restos mortais de S. Torpes e lhe desse uma sepultura digna, a cabeça do Santo Mártir, velada por um cão e um galo, junto à Foz da Ribeira da Junqueira.

Santa Celerina mandou construir ali um magnífico templo, que foi considerado o primeiro monumento divino da Europa e o segundo da Cristandade.

Os sinienses e outros crentes europeus acorreram ao local através dos séculos, para honrar e suplicar graças a S. Torpes, ou Torpet, especialmente no dia 17 de Maio.

Em 7 de Junho de 159, as relíquias do Santo seguiram para a vila, em procissão, para serem enterradas na igreja matriz.

Consta que alguns párocos da época foram distribuindo os ossos de S. Torpes a alguns devotos, que queriam a sua protecção para além da veneração na igreja.

A praia portuguesa onde aportou a cabeça do Santo designa-se, desde sempre, São Torpes e a herdade que com ela confina chama-se Provença.

Diz-se que o corpo do Santo apareceu na costa francesa, hoje denominada Saint Torpez, na região da Provence.

*Santa Celerina ou Catarina foi homenageada pelos seus milagres com a construção de uma ermida nas rochas, perto do Pontal, da qual em 1969 ainda existiam algumas pedras na Quinta de Santa Catarina.

2 comentários:

Anónimo disse...

ISTO É QUE SÃO SABERES....

kanuthya disse...

Teve sabor de prenda :)