Ora aqui vai, enviado por uma amiga, um poema de REINALDO FERREIRA:
Passemos, tu e eu, devagarinho.
Passemos, tu e eu, devagarinho
Sem ruído, sem quase movimento,
Tão mansos que a poeira do caminho
A pisemos sem dor e sem tormento.
Que os nossos corações, num torvelinho
De folhas arrastadas pelo vento,
Saibam beber o precioso vinho,
A rara embriaguez deste momento.
E se a tarde vier, deixá-la vir
E se a noite quiser, pode cobrir
Triunfalmente o céu de nuvens calmas
De costas para o Sol, então veremos
Fundir - se as duas sombras que tivemos
Numa só sombra, como as nossas almas.
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1 comentário:
Reinaldo Ferreira, poeta moçambicano de coração, um dos meus preferidos.
Kanimambo Carolina !
TL
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