Uma vez, depois de ouvir recordações de infância de uma amiga, escrevi assim, a propósito de uma das suas estórias:
oitava noite
À noite no teu quarto apagado deitada na cama para lá da janela aberta vias o céu escuro e salpicado
Adormecias descansada porque para lá dessa janela havia uma estrela que era só tua Falavas com ela pedias-lhe conselhos desabafavas mágoas contavas alegrias Era a magia ainda do sonho infantil Mistério fenómeno comunicação interior
(Mas porque é que deixaste de dormir de janela aberta?)
Um dia disse ao meu Pai:
- Sou filha das tristes ervas...
Ele respondeu, versejando com muita graça:
"FILHA DAS TRISTES ERVAS
MAS NÃO DA ERVA DANINHA
FILHA DA MANA BIA
E DO MANO ZÉ PALMINHA!"
2 comentários:
Uma vez, depois de ouvir recordações de infância de uma amiga, escrevi assim, a propósito de uma das suas estórias:
oitava noite
À noite
no teu quarto apagado
deitada na cama
para lá da janela aberta
vias o céu escuro e salpicado
Adormecias descansada
porque para lá dessa janela
havia uma estrela
que era só tua
Falavas com ela
pedias-lhe conselhos
desabafavas mágoas
contavas alegrias
Era a magia ainda
do sonho infantil
Mistério
fenómeno
comunicação interior
(Mas porque é que deixaste de dormir
de janela aberta?)
Para ser franca...havia meia dúzia delas!
Inventei ao contrário!(Inventei que não havia)
Mas isso da oitava noite tá bonito!
Enviar um comentário