O sol nascia e alguém, de roupão cinzento de cetim, chinelos de quarto pisando a terra, braços caídos, mãos abertas, olhos fechados, de pé, rezava voltada para nascente, indiferente ao mundo.
Retirei-me discreta, silenciosa e respeitosamente do local donde presenciara, involuntaria e brevemente, este momento íntimo, apercebendo-me, ainda, de que a mão direita se erguia para a testa, preparando-se para a despedida com o sinal da cruz.
2005-08-05
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