2007-01-28

Filme


Título: Primavera, Verão, Outono, Inverno e.... Primavera.
(Um belíssimo filme que vi na televisão, para animar uma insónia.)
(Clique na imagem para ver o trailer/apresentação)

3 comentários:

Anónimo disse...

Ora aí está uma forma, muito mais interessante que aquela de contar carneiros, de utlizar uma insónia. E este filme, para além da história, é plasticamente belo.

Crítica (in c7nema)

No último festival de Locarno, na Suíça, “Primavera, Verão, Outono, Inverno e Primavera” foi ovacionado pela assistência, com 15 minutos de aplausos, e depois de ver o filme entendo plenamente o porquê. A beleza, às vezes, está na simplicidade das coisas, é uma frase feita, mas que assenta como uma luva a este filme. Praticamente minimalista, de cenários fixos e parco em diálogos, “Primavera, Verão, Outono, Inverno e Primavera” é um filme poderoso e quase hipnótico para o espectador.
Este é um projecto muito pessoal, escrito, realizado e interpretado por Kim Ki-duk. Este realizador coreano, responsável por “The Isle” (conhecido entre nós como “Bordel do lago”), e que foi, já este ano, galardoado no Festival de Berlim com o prémio de melhor realizador pelo seu mais recente trabalho, “Samaria”.
Voltando ao filme, as estações são etapas da vida, etapas que marcam a relação entre um velho e sábio monge (Young-soo Oh) e as diversas fases da sua convivência com o seu aprendiz. A Primavera é a época do renascimento e da aprendizagem. Lindo! Absolutamente fabuloso o relacionamento e a forma de educar do mestre austero, mas não tirano, para com a criança (Jong-ho Kim).
Com o Verão, chega o calor e o amor, o aprendiz (Jae-kyeong Seo) tem agora 17 anos e conhece a paixão e o desejo, sentimentos para os quais não está preparado. e para os quais o seu velho mestre não o poderia preparar. Por amor, a vida do aprendiz sofrerá grandes alterações, mas falar mais sobre a história seria estragar a maravilhosa descoberta desta belíssima fábula. Mas uma coisa é certa, mesmo depois do Outono, e do tortuoso Inverno, volta a Primavera e com ela, mais uma vez o renascimento.
A simplicidade é de tal forma, que as personagens não têm nome. Mas isso não é necessário para criar laços com o espectador, pois estes são criados não pelas palavras, mas pela expressividade dos rostos, pelas acções, pelo simbolismo de todas as pequenas coisas, como por exemplo existir um animal associado a cada uma das estações. Um mimo! Se alguns filmes nos deixam tentados a falar em poesia adaptada ao ecrã, “Primavera, Verão, Outono, Inverno e Primavera”, é pura pintura, e de beleza estonteante.
Mesmo sem sabermos o nome da principal personagem, no final sentimos que o acompanhamos numa longa e reveladora viagem pela vida. E como uma história, de uma simplicidade atroz pode ser uma obra-prima visual. A não perder 10/10 Carla Calheiros

Carolina disse...

E que mais posso eu acrescentar?
Porque tive uma insónia, vi um filme.
Apenas sabia colocar no blog um desenho com uma imagem desse filme.
O Gil, com a sua conhecida simpatia colaborou, transmitindo-nos conhecimentos.
Aqui está um exemplo de como a Amizade e a Solidariedade (dando-se as pessoas as mãos para se ajudarem) nos deixam mais fortes, felizes, e sabedores.
E isto eu (se já tinha), fortaleci muito mais com a ASAS e todos os Amigos(as) que lá ganhei!
Saiu-me a melhor das lotarias!
Ganhei AMIGOS!

Anónimo disse...

Este filme também me prendeu logo, sem precisar de palavras, de efeitos. Tão simples e tão belo. A forma como crescemos, como aprendemos e o que aprendemos. Muito pedagógico na sua simplicidade.