2005-10-28

ternas alquimias

nas rotas do teu corpo
cumprem- se traços de gazela
escultura irreal
como irreal
é a cidade que te habita
talhada a golpes de maço
com a delicadeza de quem esculpe libélulas transparências
arranha- céus frágeis que baloiçam firmes ao vento
soltos à nortada de um suspiro
um respirar nocturno
e nas montras iluminadas viajam formas fugidias
fadas e monstros
duendes em transe
poção de druida
velho mago inspirado
que lança palavras secretas
ao poço de um último poema
em gestos voláteis
de ternas alquimias

(Do CD "ternas alquimias" de Jorge Casimiro)

2 comentários:

Anónimo disse...

Terno, ternura é sempre bom! Com alguma química melhor é!
Gostei de rever a tua avó Palminha e ainda a tua viagem no electréctico do Sr. Mário.
Também eu gostei de viajar nas tuas palavras!

Carolina disse...

Que SURPRESA!!!!
A minha Amiga e Companheira de tantas "lutas pela vida" e de tantos momentos bem passados; de tantas lágrimas e de tantas gargalhadas, finalmente apareceu no meu blog!!!
Obrigada pela visita!
Aparece sempre que me darás prazer e inspiração para novos escritos.
Mas...não te esqueças que temos um projecto: Escrever em conjunto o nosso LIVRO DE MEMÓRIAS!
E agora à nossa saúde, que tal bebermos um copinho de jeropiga????