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Lá está ele!...
Lembrei-me!... Lembrei-me da Ema!A Ema, entrava pela 1ª vez na escola e vinha acompanhada da mãe.Chorava a Ema e chorava a mãe!Chorava tanto que resolvi (para que não me desestabilizasse a turma), pedir a uma funcionária que passeasse com ela no pátio da escola até que se acalmasse.Não conseguimos que parasse de chorar!No dia seguinte voltou novamente chorando.Disse-lhe (com brandura, mas com alguma firmeza) - Senta-te ali naquela mesa e mostra-me lá os livros que trazes na mochila. Devem ser lindos!...Olhou- me com olho grande e muito aberto e como se de uma torneira se tratasse "fechou as lágrimas".Mostrou os livros e começou a falar comigo como se me conhessesse há muito tempo.Respirei de alívio.A "crise" estava resolvida.A Ema parou de chorar e a mãe também!Cativei uma aluna e arranjei uma amiga.Hoje, o telejornal mostrava uma menina com a mãe, numa livraria, a comprar os seus livros escolares. A notícia falava dos preços,dos programas, dos professores, das colocações, etc... etc... Mas, foi aquela menina lourita que me chamou a atenção. Teria nove anos de idade e olhava com um sorriso de encantamento e já de amizade para "os seus livros", pousados sobre o balcão. Companheiros que durante quase um ano irão fazer parte da sua vida!Quando se começa ou recomeça a escola os livros são um tesouro para crianças.São os amigos que levam de casa e lhes transmitem alguma segurança.A mãe vai embora. Os colegas e a professora são ainda uns desconhecidos. Mas... eles, os livros estão ali!E foi isso que tu fizeste, Ema. Apresentaste-me os teus amigos e eu mostrei por eles apreço.Resultou! (Os amigos dos meus amigos, meus amigos são... lá diz o velho ditado!)
Informo os AMIGOS que vou dar férias ao Blog.Passem bem e até breve!(Blog não é o nome do gatinho...)
Absurda comparação mesmo!...Não sei porquê o rosto dela fez- me lembrar o SOL.Talvez por ser muito redondo e ter dois olhões muito abertos.Sempre achei que o SOL (se os tiver), terá dois olhos grandes e ramalhudos.O SOL tem de certeza um rosto brilhante e alegre!Ela, não! Cara séria sem sombra de sorriso. Pelo contrário, o olhar era antipático e sombrio.Eram nove horas da manhã! Entrou no café e sentou- se. O companheiro, atencioso, serviu- a. Um bolo e dois sumos. Não trocaram palavras nem sorrisos. (Quer dizer, ele sorria, mas não teve "troco").Pagaram a conta e lá foram.Espero que a estas horas (22 h e 53 m), aquele "sol sombrio", já se tenha dignado brindar o companheiro com o brilho (ou o raio), de um sorriso.Mas porque é que eu achei que aquela jovem tinha cara de SOL, se o SOL é alegre e "piscarento"?A não ser... que ela estivesse em dia de ECLIPSE!!!...(Mas, que terei eu a ver com tudo isto? Cada um não será dono dos seus próprios sorrisos? Ai... Carolina, toma juízo!...)

Mal cheguei
e já lá vou
nem precisam reclamar!
Mas digam lá:
-Não gostaram
que os viesse refrescar?
Toda a noite ouvi no tanqueA pouca água a pingar.Toda a noite ouvi na almaQue não me podes amar.(Fernando Pessoa)
Chuva?...
Será bem vinda!
Que me desculpem os que começaram as férias, mas penso que todos precisamos refrescar um pouco.
A gente segue, segue, segue e, no carro, o ponteiro da temperatura começa a subir: 31, 35, 37, 39 graus... mas, chega-se lá e sobrevive-se porque o carro tem ar condicionado e o hotel também!
Haja Deus!!!
Sai- se (corajosamente) do hotel à noite e (de leque na mão!!!) entra- se no Teatro Romano.
É um recinto Fabuloso! Mágico! Magnífico!
VIRIATO REY, foi o espectáculo que lá nos levou.
Uma produção luso- espanhola para uma peça da autoria de João Osório de Castro.
Encenação de João Mota e vestuário de Carlos Paulo.
Um espectáculo muito bonito num lugar cheio de História!!!
Lotação esgotada para uma actuação cheia de cor e movimento.
Para um efeito ainda mais mágico, lá no alto espreitava uma Lua curiosa!
No dia 26 de Agosto, este mesmo grupo composto por cerca de 40 elementos entre actores, coro e bailarinos fará uma representação do VIRIATO REY no Festival de Teatro de Huelva.
E pronto, este é o relato ( o mais fiel possível) de uma tia "vaidosa"com a actuação da sua sobrinha Ana Lúcia Palminha, que interpretou na peça o papel de Artinio, Mulher/Guerreiro, companheiro(a) de Viriato na vida e na morte.
E foi de leque na mão que, depois do espectáculo, pela madrugada dentro passeámos pelas ruas de Mérida!!! E gostámos!
( Para dar uma espreitadela a algumas das cenas do teatro clique neste endereço: www.festivaldemerida.es )
"VIRIATO, REY"
Divaga entre a folhagem perfumadaE adormece nas brisas embalada.Aos lagos mostra a sua face nua,E vai dançar nos palcos vazios da Lua.Pálida, de reflexo em reflexo desliza,Não se curvam sequer as ervas que ela pisa.É ela quem baloiça os lânguidos pinheiros,Quem enrola em luar as suas mãosE depois as espalha brancas nos canteiros.(da SOPHIA)
Alguém viu por aí a "INSPIRAÇÃO"???Não há lápis que aguente!Tou esperando...
Duas solidões que uma amarra quase uniu?... .Navio irremediavelmente amarrado?...Alguém que cortou amarras?...Ou?...O?...U?...? ...?

a onda
apagou
os passos
que o vento
soprando mansinho
na areia
moldou
Aqui está a minha vida- esta areia tão claracom desenhos de andardedicados ao vento.(Cecília Meireles)